Geração de biogás a partir do bagaço de uva

Biogás dos resíduos do setor vitivinícola

Pesquisadores da Univates avaliam o potencial de produção de biogás a partir dos resíduos obtidos no processo de produção de vinho no Rio Grande do Sul

Resumo do Artigo 

O estudo aborda a geração de biogás a partir de resíduos do setor vinícola no Rio Grande do Sul, Brasil, visando a recuperação de energia. Os autores destacam a importância da energia renovável e da conversão de resíduos orgânicos em fontes valiosas de energia, reduzindo a poluição ambiental. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Bioreatores da Universidade do Vale do Taquari, utilizando substratos orgânicos (resíduos) coletados em um vinhedo na região da Serra Gaúcha. O artigo, como texto original “Energy recovery from wine sector wastes: A study about the biogas generation potential in a vineyard from Rio Grande do Sul, Brazil” foi publicado no Journal Sustainable Energy Technologies and Assessments, Volume 29, October 2018, Pages 44-49.

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Autores (as) 

O artigo foi escrito pelos (as) autores (as):

• Marildo Guerini Filho,
• Marluce Lumi,
• Camila Hasan,
• Munique Marder,
• Letícia C.S. Leite,
• Odorico Konrad

Metodologia

A metodologia empregada no estudo consistiu na análise da geração de biogás e biometano a partir de resíduos orgânicos do setor vinícola, realizada no Laboratório de Bioreatores da Universidade do Vale do Taquari (Univates).

Foi utilizado um sistema automatizado de quantificação de biogás, composto por um conjunto de reatores de bancada com 1 litro de capacidade cada, agrupados para possibilitar 7 triplicata de ensaios. O sistema também possui tubos de vidro em forma de “U”, sensores ópticos e uma esfera de poliestireno conectada a um circuito eletrônico para registrar o volume de biogás gerado em cada reator de 1 litro.

A quantificação do biogás ocorreu com base na pressão exercida pelo gás no sistema. Além disso, foi empregado um sensor Advanced Gasmitter para determinar a concentração de metano no biogás.

As biomassas (substratos para biodigestão como bagaço, polpa e sementes de uva) foram coletadas em um vinhedo na região das Serra Gaúcha, caracterizadas quanto ao teor de sólidos. O inoculante (inóculo, fonte de micro-organismos anaeróbios) utilizado foi proveniente do tratamento de resíduos de animais. Essa metodologia permitiu a avaliação precisa do potencial de produção de energia (potencial bioquímico de metano - BMP) a partir dos resíduos orgânicos da indústria vinícola.

Principais Resultados

Os resultados demonstraram o potencial de geração de biogás a partir de diferentes biomassas geradas em vinícolas gaúchas, com destaque para a produção de metano. Desta forma, o artigo ajudou a responder a pergunta: qual o potencial de biogás do bagaço da uva?

Os principais resultados obtidos incluem o potencial de geração de biogás e metano a partir de diferentes resíduos orgânicas do setor vinícula, com destaque para a produção de 1.152 m³.tonVS⁻¹ de biogás e 838 m³.tonVS⁻¹ de biometano a partir de amostras contendo mosto de uva.

Estima-se que o Estado do Rio Grande do Sul tenha o potencial de gerar aproximadamente 36.000 m³.dia⁻¹ de biogás, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa e oferecendo benefícios ambientais e econômicos para as indústrias vinícolas.

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Conclusão

A conclusão do estudo destaca o sucesso da abordagem proposta para a recuperação de energia a partir dos resíduos orgânicos da indústria vinícola, demonstrando a viabilidade da biodigestão anaeróbia como uma alternativa eficaz para reduzir custos energéticos, melhorar a eficiência no tratamento de resíduos e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.

Os resultados obtidos pelos pesquisadores da Univates evidenciam o potencial de geração de biogás e biometano a partir das biomassas vinícolas, apontando para benefícios ambientais e econômicos significativos para as empresas do setor.

Acesso ao artigo completo

Divulgação Científica: para informações mais detalhada da metodologia utilizada e dos valores do potencial de biogás do estudo da Univates, entre outros resultados obtidos, acesse o artigo completo:

• DOI: 10.1016/j.seta.2018.06.006  

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