Atualizações direto do 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano
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Acompanhe as últimas atualizações do 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, direto de Foz do Iguaçu - PR. Cobertura em tempo real dos principais acontecimentos. Uma parceria entre a Amplum Biogás e Portal Energia e Biogás.
Linha do tempo das últimas atualizações
Acompanhe a cobertura em tempo real, por meio da parceria entre a Amplum Biogás e o Portal Energia e Biogás.
19 de abril | quarta-feira
- 14h50min - por 5FSBBB
Painel 9: Casos de biogás na pecuária no Sul do Brasil
- 14h30min - por 5FSBBB
Painel 8: Biogás mais eficiente
- 14h - por 5FSBBB
Painel 7: Valorização do digestato: demandas e oportunidades da cadeia de fertilizantes
18 de abril | terça-feira
- 20h - por 5FSBBB
Evento Paralelo: Reunião do Biogás de Resíduos da Produção da Proteína Animal
- Abertura da Reunião - Cícero Bley Jr.
- Leitura do Manifesto - Gabriel A. Thomazzoni
- Inscrição para pronunciamento (5 min para cada inscrito)
- Votação do Manifesto
- Encerramento: Cícero Bley Jr. e Gabriel A.Thomazzoni
- Registro do Manifesto no Anais do 5° Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano
- 18h - por 5FSBBB
Painel 6: Casos de biogás de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e esgoto
Apresentação de cases de fornecedores e produtores de biogás que aproveitam resíduos sólidos urbanos e esgoto para produção e aproveitamento de biogás.
Resumo e principais pontos destacados durante o Painel 6
- Moderador: Suelen Paesi (UCS)
- Palestrante: Alfonso Alejandro Gutiérrez Ramirez (Bioconservación SPA Latam) – Refino de biogás e processos de tratamento para uso final
- Palestrante: Rafael Salamoni (CRVR) – Biogás de Aterros Sanitários como fonte de geração de energia e gás verde | apresentou atuação da CRVR no RS, aterros sanitários - biogas pasa biometano
- Palestrante: Maurício Carvalho (Gás Verde/ Grupo URCA) – Biometano, a solução ambiental para a jornada Net Zero das empresas | apresentou atuação da CRVR no RS. destaque para planta em construção para purificação de CO2 de biogas de aterro sanitário para uso alimentício (bebidas), que atende um padrão de 'beverage grade.
- Palestrante: Gustavo Posseti (SANEPAR) – Estratégia de biogás da Sanepar no tratamento de esgoto | apresentou panorama do saneamento no BR e PR. Potencial de aproveitamento do Biogás em UASB. Secador de lodo da ETE Atuba em comissionamento, junto da CSBioenergia.
- 14h30min - por 5FSBBB
Painel 5: Biogás para energia elétrica: Geração Distribuída (GD) e outros modelos de negócio
Apresentou casos, analisando os arranjos tecnológicos e modelos de negócios para o uso do biogás para a geração de energia elétrica no Brasil.
- Moderador: Rogério Meneghetti (Itaipu Binacional)
- Palestrante: Fábio França (CHP BRASIL) – Tecnologia nacional em plantas de GD a biogás
- Palestrante: Sidnei Vital Guimarães (Aggreko) – Modelos de negócios flexíveis, mitigando risco, eliminando investimento e otimizando o resultado econômico
- Palestrante: Guilherme Galhardo (AB Energy) – Oportunidades e Cases do Mercado de Biogás para Geração de Energia Elétrica e Biometano
Resumo e principais pontos destacados durante o Painel 5
- Fábio Chp falou sobre novos modelos de negócio. E sobre viabilidade teórica e prática.
- Sidnei aggreko falou sobre potencial de bioeletricidade e biogás, sobre oportunidades e desafios de produzir energia elétrica através do Biogás e sobre a monetização disso.
- Guilherme AB Energy - falou sobre algumas regulações e marcos de GD/biogás e vantagens da geração distribuída. Falou tbm sobre alguns cases.
- 14h30min - por 5FSBBB
Painel 4: A inserção do biometano no mercado de gás natural
O potencial de avanço e integração do biometano ao setor de gás natural do Brasil foi a temática do quarto painel do 5º Fórum Sul Brasileiro Biogás e Biometano. Augusto Salomon, presidente executivo da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) foi moderador. O palestrante convidado foi Adriano Pires, sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Estiveram presentes, também, os debatedores Rafael Lamastra, presidente da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), Ricardo Hatschbach, CEO da GasBrasiliano, Eduardo Antonello, fundador da Macaw Energies e Gabriel Kropsch, vice-presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás).
Um dos campos de estudo do biogás, alternativa para ampliar a rentabilidade de projetos, é o mercado de créditos de carbono. Além disso, apesar de estar incluído em uma legislação (Lei 10.712/2021) com decretos e códigos tributários que burocratizam ainda mais a sua viabilidade, o setor busca soluções para avançar como alternativa econômica.
“O biometano tem uma diversidade de fontes de energias renováveis. Ele tem um papel fundamental neste processo, tem um potencial para crescer muito. Ele pode ter o mesmo sucesso que o etanol teve com a gasolina. O sucesso do biometano será substituir o diesel”, projeta Adriano Pires, do CBIE.
Augusto Salomon, da Abegás, citou outros desafios e alternativas para o setor. “Temos que buscar uma demanda firme, confiável e um sistema de escoamento. Na outra ponta, a falta de competitividade e altos preços, temos que contratar a molécula no menor custo possível para termos um gás competitivo”, indica.
Para Gabriel Kropsch, da ABiogás, outros países também passam pelos mesmos desafios que o Brasil na difusão do biogás. Ele cita como exemplos, Inglaterra, Alemanha, França, Indonésia e Malásia. “Sofremos com muitos entraves, podíamos estar bem mais avançados, mas eu vejo o biometano e essa integração com o sistema de distribuição, apesar da restrição da malha, aqui no Brasil, como um caminho espetacular”, observa. Krospsch complementa que o país é o oitavo maior mercado de combustível do mundo, e que podemos ser um exportador de produtos descarbonizados e não só de commodities e créditos.
Na visão de Eduardo Antonello, da Macaw Energies, o mercado vem se consolidando, graças ao amadurecimento tecnológico. Mas lembra que a volatilidade e a sazonalidade são desafio. “Como você faz para vender a um consumidor que vai precisar de um volume ao longo do ano? Eu acredito em um modelo de distribuição em pequena escala. Temos um potencial de produção muito grande e o ideal é que os produtores de biometano se integrem cada vez mais às distribuidoras”, sugere.
Em relação aos desafios mundiais em energia, o Basil tem vantagens na matriz renovável, mas tem gargalos de infraestrutura e demanda, conforme Ricardo Hatschbach, da GasBrasiliano. “Quando a gente pensa sobre o gás natural e o potencial do biometano, temos que pensar nos desafios do Brasil. Precisamos desenvolver estrutura, desenvolver demanda através do investimento de infraestrutura de gás: primeiro o gás natural, depois o biometano e, no futuro próximo, o hidrogênio”.
O presidente da Compagas, Rafael Lamastra, lembra que a região Sul do Brasil tem um grande potencial, e que o estado do Paraná apresenta o segundo maior potencial do país, principalmente por causa do agronegócio. “Desde 2019, estamos vendo os movimentos deste mercado. O potencial existe, temos expertise nos três estados da região Sul. Nós temos esse trabalho encaminhado e precisávamos uma sinalização para onde iria essa demanda, e agora entra o papel da distribuidora”, destaca.
Lamastra comenta que foi lançada uma chamada pública no setor e houve a oferta de 400 mil m³ de gás por dia. “É o momento de mostrar que o biometano pode agora, efetivamente, virar negócio. Precisamos estruturar um grande modelo de negócio para que haja viabilidade comercial para alcançar uma escala de produção confiável. A oportunidade existe, o que não podemos é nos perder neste caminho”, diz.
- 14h30min - por 5FSBBB
Painel 3: Financiamento e fomento de projetos de biogás e ativos ambientais
O tema Financiamento e Fomento de Projetos de Biogás e Ativos Ambientais inaugurou o formato de palco dividido, com dois painéis simultâneos, no 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano. Em um auditório silencioso, os participantes escolheram – ou alternaram – nos fones de ouvido entre os dois painéis do início da tarde. Moderado por Leidiane Mariani, da Amplum Biogás, o painel do lado direito debateu um dos principais desafios do setor de biogás: o financiamento. A pauta incluiu linhas de crédito, mecanismos de fomento e outras formas de rentabilizar projetos de biogás e biometano.
“Temos fundos de investimento específicos disponíveis no mercado, procurando bons projetos. Tivemos hoje a informação de um fundo que está com R$ 2 bilhões para investir em projetos de biogás. Tivemos a oportunidade de oferecer um projeto de R$ 60 milhões e o investidor não se interessou: era um projeto muito pequeno e ele quer um projeto maior. De R$ 200 milhões para cima”, provocou Rodrigo Sarmento Garcia, da UNIDO | GEF Biogás Brasil, na sua fala. “E existem outros fundos interessados em projetos menores, em pulverização. Estamos discutindo isso com um dos projetos que tivemos oportunidade de apoiar”, completou.
Diante das oportunidades de investimento para projetos em biogás em diversas escalas, Garcia apresentou os obstáculos para aproximar os investidores dos interessados em recursos. Ilustrou que, na negociação, além do integrador, fornecedor da biomassa, comprador, provedor de equipamentos e investidor, sentam à mesa a insegurança sobre o know how do proponente, as expectativas do dono da biomassa, a mensuração de riscos e as incertezas: sobre a capacidade de entrega, manutenção de fornecimento de biomassa, maturidade e grau de inovação tecnológica.
Para Garcia, investir na qualidade dos projetos, na segurança da informação e em cada detalhe que faz um bom projeto é o caminho para ganhar credibilidade na mesa de negociação de investimentos onde o biogás concorre, inclusive, com energia solar, aos olhos do investidor especialmente interessado em rentabilidade e minimização de riscos.
“Estamos com um cenário de sobreoferta de projetos ESG. Um investidor sempre vai olhar para um projeto do ponto de vista de rentabilidade e sustentabilidade. Precisamos de um processo não-elementar de comunicação, de informação de quais são as vantagens que o biogás tem, quais são flexibilidades que ele oferece, qual o mercado promissor que ele tem quando comparado com outra tecnologia que já está disponível e consolidada no mercado”, contextualizou Garcia, que entregou uma lista de sugestões para elaborar boas propostas de investimento, a começar por não presumir nos projetos que informações sejam óbvias.
“Projetos bem estruturados entram no banco com uma vantagem a mais. As chances de aprovação são maiores”, reforçou Paulo Marques, do Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE). Marques apresentou as linhas de fomento do BRDE, que atua nos três estados do Sul, mais o Mato Grosso do Sul. Segundo o analista financeiro, o Banco é o maior agente financeiro, na região Sul, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de onde partem 60% dos recursos repassados pelo BRDE; e o maior agente financeiro das linhas de inovação da Finep, sendo canalizador de mais de 50% dos recursos distribuídos no país.
A apresentação mostrou números de investimento do BRDE no setor de energia renovável: mais de R$ 400 milhões de 2017 a 2021, e quase R$ 1 bilhão nos últimos anos, para 757 projetos. E desafiou: “grande parte desse investimento foi para o setor fotovoltaico. Na área de biogás, se chegarmos a 10% desse valor vai ser muito. É um setor onde a gente precisa investir, e o Banco tem recursos para isso.” O baixo percentual foi o centro da primeira pergunta da mediadora aos debatedores. “Chegam menos projetos, têm menor valor, demoram mais, ou chegam com menor qualidade?”, questionou Leidiane. Segundo Marques, a qualidade dos projetos interfere na aprovação de recursos, mas o problema é mais amplo e inclui, em comparação com a energia solar, a falta do mesmo nível de segurança de uma tecnologia consolidada, a complexidade dos projetos, a alta variabilidade de resultados… Em resumo, como salientou Leidiane, a relação entre risco e rentabilidade.
A demanda por amadurecimento tecnológico, conforme Rodrigo Garcia, coloca o setor de biogás e biometano em um patamar vivido pelo setor de energia solar há mais de 10 anos. E enxerga uma aceleração nesse sentido. “O mercado está respondendo, as coisas estão acontecendo. Daqui a dois ou três anos, vamos ver esse crescimento”, pontuou.
Mecanismos de fomento
Gabriel Kropsch, da ABiogás, que dividiu o espaço de fala com Emerson Ribeiro Lourenço, do SEBRAE, contrapôs. “Eu não tenho a menor dúvida de que no setor de biogás a tecnologia está mais do que consolidada porque é a mesma no mundo inteiro. Então, qual é a diferença entre o momento (da energia fotovoltaica) em 2021 com o nosso momento? Nunca houve leilão (de energia elétrica) para a fonte biogás. É um absurdo! Essa é uma diferença fundamental. Isso traz uma questão para o financiamento que é a garantia: o contrato de venda da energia. Um contrato de 20, 30, 35 anos de venda de energia. Você vai com esse contrato no banco e ele está com o teu cheque na hora”, destacou, ressalvando companhias distribuidoras de gás, como a Compagas, com um olhar mais atento ao setor e iniciativas como chamadas para compra, equivalentes, em peso, como garantia para angariar financiamentos.
“Talvez esse seja um setor que nunca tenha olhado para a Fomento Paraná como um possível parceiro”, cogitou Vinicius José Rocha, da instituição paranaense, mais uma alternativa para financiamentos que atende também projetos de pequeno porte e tem linhas especiais, como o Banco da Mulher, com investimentos de ‘R$ 1.000 a R$ 500 mil’. “Muito do crédito que a gente trabalhou nos últimos quatro anos, devido à pandemia, foi para capital de giro, muito pouco pensado para investimento.” E manifestou o esforço da Fomento Paraná em ser parceira na área de biogás e biometano. “Somos repassadores do BNDES. E como repassadores temos as mesmas regras deles. É um desafio nosso estarmos à disposição do setor para termos uma entrada maior.”
Luciano Figueredo, do Instituto Totum, trouxe o tema dos ativos ambientais do biogás: CBIO, GAS-REC e I-REC, soluções que trazem rentabilidade ao setor, além do banco e das instituições de fomento.
A proposta de receitas múltiplas também tem potencial para defender a viabilidade de projetos de biogás e biometano. “A ideia é essa: você ser premiado pelo trabalho que faz em relação à transição de energia, pela produção de um gás renovável que pode ser utilizado para geração de calor e em substituição a um combustível fóssil”, explicou Figueiredo, que, durante a apresentação, incluiu os créditos de carbono, uma alternativa mais complexa do que o GAS-REC e o IREC, mas também um ativo que deve impulsionar a rentabilidade do setor.
No debate, Leidiane apontou a iniciativa Sebraetec, uma parceria do Sebrae e da ABiogás, como ponto de convergência entre as falas no painel. Na sua apresentação, Emerson Ribeiro Lourenço, do Sebrae, compartilhou a solução que tem o desafio de dar segurança, eficiência técnica e viabilidade a projetos de biogás, capacitar pessoas e fortalecer os diversos atores da cadeia de biogás e biometano. “Hoje, o Sebrae, dentro do programa Sebraetec, tem um recurso de aproximadamente R$ 350 milhões. Desse recurso, menos de 1% é voltado para o setor de energia. Porque não temos uma quantidade grande de fornecedores. Muitas vezes, o empreendedor não vê a área de energia como um potencial modelo de negócio ou uma possibilidade de reduzir custos no produto final. Nós, do Sebrae, queremos expandir fornecedores, aproximar esse programa dos pequenos negócios e dos grandes empresários também, porque eles podem ser fomentadores de desenvolvimento. E isso pode, efetivamente, transformar a realidade.”
- 14h30min - por 5FSBBB
Painel 2: Tecnologias e oportunidades do pré-tratamento e co-digestão de substratos
Avanços de tecnologias contribuem para o tratamento e co-digestão de substratos. Empresas e instituições de ensino apresentam cases de sucesso que estão revolucionando o setor de biogás e biometano no país
O segundo painel do 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano (FSBBB) foi sobre tecnologias e oportunidades do pré-tratamento e co-digestão de substratos.
Neste painel, o moderador, pesquisador e professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Thiago Edwiges, falou sobre possibilidade de pré-tratamento e co-digestão de substratos para aumento da produtividade e aproveitamento de diversos substratos ainda não explorados para digestão anaeróbica.
“Estamos vivendo um momento importante de plantas de biogás no contexto nacional, principalmente na região Sul. O pré-tratamento e a co-digestão de substratos são processos essenciais na produção de biogás, pois permitem o aumento da eficiência da digestão anaeróbia e a utilização de uma variedade de substratos. Com a utilização de tecnologias, é possível explorar diversos resíduos orgânicos e transformá-los em fonte de energia renovável”, destaca Edwiges.
Além do moderador, os painelistas puderam apresentar as tecnologias avançadas para o pré-tratamento e co-digestão de substratos, e debater as oportunidades e desafios para o setor de biogás e biometano no Brasil e no mundo.
A palestrante Fabiane Goldschmidt Antes, da Embrapa Suínos e Aves, falou sobre as estratégias de co-digestão e pré-tratamento de resíduos agroindustriais para aumentar a produção de biogás. “As estratégias para aumentar a produção de biogás começam na geração do resíduo. Devemos ter um manejo de sólidos, ou seja, separação do sólido-líquido. Temos também a introdução de carcaças de animais, podendo ser triturado para melhorar a biodigestor. E outra estratégia é com relação a co-digestão de cama de aviário, que tem material lignocelulósico rico em matéria orgânica e nutrientes”, explicou Fabiane.
A coordenadora do laboratório do CIBiogás, Franciele Natividade, falou sobre o gerenciamento de substratos para produção de biogás. “Temos a Unidade de Demonstração da Itaipu, atendemos resíduos de restaurantes e resíduos de apreensão. Primeiro fazemos o controle e análise dos substratos, recebemos materiais orgânicos para extrair somente substratos com aproveitamento final biometano. Mas para realização de tudo isso, temos a necessidade de um controle operacional, análises complementares, resultando na eficiência do sistema”.
Já Rodolfo Lanius, da empresa Folhito, compartilhou a experiência na produção de biogás e fertilizante. “Nossa missão é minimizar o impacto ambiental. Começamos comercializando fertilizantes orgânicos, após começamos a trabalhar com processamento de resíduos orgânicos e na geração de energia elétrica, através do biogás e biometano para veículos. Hoje, a Folhito produz 570 toneladas/dia de biofertilizante e 680 toneladas/dia de resíduos. São alternativas seguras e eficazes, que todas as empresas e produtores deveriam começar a usar”.
Em outro momento, a professora e pesquisadora Suelen Paesi, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), falou sobre a microbiota e o aumento da produção de biogás: pré-tratamento, co-digestão, bioaumentação, co-culturas e uso de enzimas. “No Laboratório da UCS, trabalhamos com os microrganismo, identificamos e controlamos a produção. Nosso objetivo é aumentar a produção de biogás e biometano. Aproveitamos também para estudarmos cooprodutos de interesse biotecnológicos. É tudo bem complexo e intenso”.
Finalizando o segundo painel, os palestrantes Oliver Nacke e Erik Rezler, da Archea Biogás, demonstraram como a empresa está realizando o acompanhamento biológico nas plantas de biogás. “Atualmente, temos 12 plantas na América Latina, nosso trabalho é focado em começar com hidrólise e terminar com metanogênese, um conceito que vem da Europa. Contamos com mais de 150 projetos executados em diversos países da Europa e América Latina. Usamos vários modelos de equipamentos: desisterar substratos, agitação para biodigestor, aquecimento de biodigestor, controle e monitoramento de WEB, filtragem e armazenamento e o triturador de substratos. Posso dizer que estamos em constante inovação, buscando mudar a forma como o mundo vê os resíduos”, classifica Oliver.
- 14h - por Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano
- 13h30min - por Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano
- 11h50min - por Renata Thomazi
Painel 1: Mercado de biogás e biometano do Sul do Brasil
Apresentação de dados sobre o avanço do setor de biogás e biometano do Brasil e debate sobre as oportunidades e desafios para o mercado regional de biogás.
- Moderador: Gustavo Ramos (MCTI)
- Palestrante: Nicolas Berhorst (CIBiogas)
- Debatedora: Manuela Larangeira Kayath (MDC Energia)
- Debatedora: Rachel Henriques (EPE)
- Debatedor: Gustavo Bonini (SCANIA)
Resumo e principais pontos destacados durante o Painel 1
- Dados comparativos do Biogás nos três estados do sul.
- Ponto destacado na apresentação do Nicolas:
- Produção de biogás na indústria e saneamento
- Quantidade de plantas x volume de biogas
- Discussão: "desenvolvimento do setor de biogás e biometano no Brasil. Falaram sobre programas que apoiam o desenvolvimento do setor".
- Uma das perguntas foi sobre a "venda" dos ativos ambientais.
Manuela respondeu que o CBIO esta B3 e certificados ambientais são negociados sem uma regra clara de comercialização, que são "comercializados" de certa forma pela equivalência. - Raquel e Manuela falaram sobre a barreira da regulamentação... ou seja regulamentação que não estão bem claras e definidas e que estão sendo discutidas e elaboradas.
- Gustavo Bonini falou sobre a necessidade de desenvolvimento de políticas públicas para que o biogás e biometano sejam difundidos, e viabilizados nao so para a Industria e empresas mas para a população como um todo. Na sua apresentação, Gustavo também falou sobre investimentos e ESG.
- Manuela: sinalizou que a MDC mobilizou e participou das primeiras definições de biometano na ANP.
- 10h - por Renata Thomazi
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- 10h - por Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano
SOBRE O FÓRUM
O objetivo do 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano é contribuir para o desenvolvimento da cadeia de biogás e biometano nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, como também em todo o país. A programação oportuniza um espaço para conexão entre pessoas, instituições e empresas envolvidas na cadeia produtiva do biogás, mostrando as tendências do setor para gerar negócios, desenvolvimento e sustentabilidade.
O Fórum tem como entidades realizadoras o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), do Paraná, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Suínos e Aves, de Santa Catarina, e a Universidade de Caxias do Sul (UCS), do Rio Grande do Sul. A organização do evento é da Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (Sbera).
O Fórum também conta com o Apoio Institucional do Portal Energia e Biogás.
Mais informações sobre o 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano podem ser obtidas nos canais:
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