Codigestão de resíduos de plantas de etanol 1G2G

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Pesquisa avalia a viabilidade econômica da produção de biogás em biorrefinarias 1G2G através da co-digestão de resíduos. Resultados indicam maior eficiência energética e sustentabilidade em comparação à mono-digestão.

Codigestão de resíduos de plantas de etanol 1G2G
Fotomontagem ilustrativa / Canva PRO
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Quartas de Divulgação Científica
Pesquisa

Codigestão de resíduos de plantas de etanol 1G2G

Desempenho econômico da produção e uso de biogás a partir da codigestão de resíduos em biorrefinarias

Resumo do Artigo 

O artigo aborda a recuperação de bioenergia por meio da digestão anaeróbica (DA) como uma abordagem eficaz para a gestão de resíduos em plantas industriais, especialmente em biorrefinarias de cana-de-açúcar. A pesquisa analisa a viabilidade econômica da co-digestão de resíduos de primeira e segunda geração (1G2G) em uma biorrefinaria integrada, considerando a produção de eletricidade e biometano. Quatro cenários de digestão foram avaliados: mono-digestão de vinhaça de 1G, mono-digestão de vinhaça de 2G, e co-digestão de vinhaça, bagaço e licor de desacetilação. Os resultados mostraram que a co-digestão oferece vantagens significativas em termos de produção de biogás e viabilidade econômica, destacando-se como uma solução promissora para maximizar a eficiência energética e a sustentabilidade nas biorrefinarias.

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Autores (as) 

O artigo foi escrito pelos (as) autores (as):

  • Maria Paula C. Volpi
  • Lucas T. Fuess
  • Bruna S. Moraes

Principais Pontos de Destaque

O artigo destaca a recuperação de bioenergia através da digestão anaeróbica (DA) como uma abordagem eficaz para a gestão de resíduos em plantas industriais, especialmente em biocombustíveis de cana-de-açúcar. A co-digestão de resíduos é enfatizada como uma estratégia que aumenta significativamente a produção de biogás em comparação com a mono-digestão.

Objetivo do Artigo

O objetivo do artigo é avaliar a viabilidade econômica da produção de biogás a partir da co-digestão de resíduos em uma biorrefinaria integrada de etanol de primeira e segunda geração (1G2G), além de analisar sua aplicação na produção de eletricidade e biometano.

Metodologia Utilizada

A análise econômico-tecnológica foi baseada em um modelo de biorrefinaria de cana-de-açúcar com capacidade de moagem de 4 milhões de toneladas. Foram considerados diferentes cenários de digestão (mono e co-digestão) e a viabilidade econômica foi avaliada em termos de taxa interna de retorno (TIR), valor presente líquido (VPL) e período de payback descontado. Os dados financeiros foram analisados utilizando funções específicas do software Microsoft Excel.

Resultados Encontrados

Os resultados indicaram que a co-digestão de vinhaça, bagaço e licor de desacetilação durante a temporada decolheita, e a co-digestão de bagaço e licor de desacetilação na entressafra, apresentaram melhor desempenho econômico em comparação com os cenários de mono-digestão. A análise revelou que a implementação de sistemas de DA pode ser economicamente viável e benéfica para a sustentabilidade das biorrefinarias.

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Conclusão

O estudo conclui que a co-digestão de resíduos em biorrefinarias de cana-de-açúcar não apenas melhora a produção de biogás, mas também apresenta uma alternativa economicamente viável para a gestão de resíduos, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e a geração de energia limpa. A pesquisa sugere que a adoção de práticas de co-digestão pode ser uma estratégia eficaz para maximizar a eficiência energética e a viabilidade econômica das biorrefinarias.

Acesso ao artigo completo

Divulgação Científica: para informações mais detalhada da metodologia utilizada e dos valores do potencial de biogás, entre outras misturas para codigestão, acesse o artigo completo:

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Referência Bibliográfica

VOLPI, Maria Paula C.; FUESS, Lucas T.; MORAES, Bruna S. Economic performance of biogas production and use from residues co-digestion in integrated 1G2G sugarcane biorefineries: Better electricity or biomethane?. Energy Conversion and Management, v. 277, p. 116673, 2023. DOI: 10.1016/j.enconman.2023.116673

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