Governo Americano oferece bancos de dados de plantas de biogás

Governo Americano oferece bancos de dados de plantas de biogás

Explore a ascensão dos biodigestores anaeróbios nos EUA e como eles estão impulsionando a produção de energia verde.

Crislaine Florzino Flor | Colunista do Portal Energia e Biogás — A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), por meio do programa AgSTAR, atualiza semestralmente o “Livestock Anaerobic Digester Database”, que é uma plataforma que fornece informações importantes sobre biodigestores anaeróbios em fazendas da pecuária e agroindústria nos Estados Unidos.

O AgSTAR é um programa colaborativo patrocinado pela EPA e pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que promove o uso de sistemas de recuperação de biogás para reduzir as emissões de metano dos resíduos. Os dados, contudo, são de fontes voluntárias que fornecem informações ao sistema.

Esses dados podem ser acessados por meio de um mapa interativo, bem como por uma tabela no site ou, se o usuário preferir, em arquivo de Excel para download.

O mapa do banco de dados e a tabela listam somente os projetos que estão em operação. Já o arquivo Excel inclui projetos que estão em construção e plantas que foram desativadas.

Os produtores de biogás que possuírem dados mais atualizados de suas plantas nos EUA podem entrar em contato direto com o AgSTAR pelo site do programa para enviar informações. Esse programa auxilia aqueles que compram e/ou implementam biodigestores anaeróbios, identificando benefícios, riscos, opções e oportunidades de cada projeto.

O acesso à plataforma é prático e rápido e com muitas informações relevantes disponíveis. O público pode ter acesso ao nome do projeto, cidade da qual se situa nos Estados Unidos localização, tipo de biodigestor, utilidade do biogás produzido, se é usada a técnica da co-digestão, produção de biogás diária, produção de energia ao ano (quando for produzida), entre outros dados.

Já o Conselho Americano de Biogás (American Biogas Council), associação comercial voltada para esse mercado nos EUA, possui uma página na web para responder a perguntas específicas por cada estado americano – e não apenas por cidade, como ocorre na plataforma da EPA.

No banco de dados do Conselho, é possível verificar quantos sistemas de biogás estão atualmente em operação por estado; quantidade de substrato disponível para possíveis biodigestores anaeróbicos junto do potencial de produção energético; investimentos e o crescimento econômico do biogás no estado em específico; empregos gerados; e equivalência de redução de gases de efeito estufa, dentre outras informações. 

Através de gráficos gerados automaticamente, é possível analisar as diferenças entre sistemas em operação e os números dos sistemas em potencial que poderiam estar operando. 

A Califórnia, estado americano mais populoso, ocupa o 1º lugar entre os 50 estados em termos de potencial de produção de biogás, segundo a plataforma.

Já o estado do Texas ocupa o 2º lugar no ranking por seu potencial de produção de biogás.

Segundo o Conselho Americano de Biogás, os EUA têm mais de 2.300 locais de produção de biogás em todos os 50 estados: 475 biodigestores anaeróbicos em fazendas, 1.269 instalações de recuperação de recursos hídricos usando um biodigestor anaeróbico, 97 sistemas autônomos que utilizam resíduos alimentares e 549 projetos de biogás de aterros sanitários. Apesar dos números expressivos de produção, as diferenças entre sistemas em operação e os potenciais observados nos gráficos da plataforma demonstram ainda um grande potencial a ser explorado em todo o território americano. 

Referências consultadas

• AgSTAR - Livestock Anaerobic Digester Database
• What EPA is Doing: AgSTAR
• EPA - Mapa identifica reatores anaeróbicos em fazendas de gado nos Estados Unidos
• American Biogas Council - Biogas State Profiles

A coluna Biogás Sem Fronteiras é apoiada pelo Projeto GEF Biogás Brasil. Este artigo independente não reflete, necessariamente, a opinião do projeto.

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