Ministro do Meio Ambiente visita plantas de biogás no Oeste do Paraná
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Ministro do Meio Ambiente reforça parceria com o CIBiogás e Itaipu para a criação de projetos sustentáveis no Brasil.
Ministro do Meio Ambiente reforça parceria com o CIBiogás e Itaipu para a criação de projetos sustentáveis no Brasil
O Ministro, Joaquim Leite, afirma que toda atividade produtiva que se preocupa com o meio ambiente é parceira e será impulsionada pelo Governo Federal.
Atrativas para o crescimento de projetos focados em biogás, as usinas geradoras de energia foram o destino do Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, 09 e 10 de março. O Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) acompanhou os encontros em conjunto com Itaipu Binacional e a comitiva do Ministério. Durante a agenda, o Centro mostrou ao Ministro e demais autoridades federais, estaduais e municipais, plantas e outros locais sustentáveis de referência no Oeste do Paraná.
A equipe visitou seis unidades geradoras de biogás do Paraná, sendo elas, respectivamente: Unidade de Demonstração de Biometano da Itaipu Binacional; a Minicentral Termelétrica em Entre Rios do Oeste e a obra da Central de Bioenergia de Toledo, projeto em parceria entre a Itaipu Binacional e CIBiogás, além de visitas às empresas associadas ao CIBiogás, EnerDinBo e Unidade Produtora de Desmamados da Cooperativa Lar (UPD).
Chamada para o desenvolvimento
Rafael González, diretor-presidente do CIBiogás, compartilha o sentimento de honra ao ter recebido o Ministro nas unidades e que a presença do Governo nos projetos, representa muito para o desenvolvimento das iniciativas focadas na geração de energia.
“Devido às pautas que tratamos sobre a conversão de resíduos, a visita do Ministro consagra o sentimento de que estamos na direção certa, no caminho de desenvolver cada vez mais tecnologias e aprimorar o que temos disponível hoje. A visão do Ministério de lançar um programa com a facilidade de juros do financiamento de projetos de biogás, é uma das coisas que defendemos e que necessita ter prioridade no mercado.” afirma o diretor.
Sobre o exercício do CIBiogás e Itaipu Binacional nas atividades concentradas em energias renováveis e principalmente biogás, Leite afirma que as instituições, em conjunto, alcançaram um alto nível de desenvolvimento e que as entidades que se preocupam com qualquer pauta ambiental, consequentemente, são parceiras do Governo Federal.
“A Itaipu e o CIBiogás conseguiram chegar em um estágio de tecnologia bastante avançado que pode ser implementado em vários outros lugares do país, trazendo escala a esses projetos que eu vi na região, inclusive no estado do Paraná. Nós, do Governo Federal, entendemos que toda atividade produtiva que se preocupa com o meio ambiente é nosso parceiro e será impulsionada pelo Governo para ir superando os desafios ambientais de cada atividade econômica.”
Programa Metano Zero
A vinda do Ministro até o Oeste, confirmou o uso do projeto Unidade de Demonstração (UDG), localizado na Itaipu e executado pelo CIBiogás, como referência para o Programa Metano Zero, iniciativa do governo que deve ser lançada ainda em março para incentivar a transformação do gás em biocombustível a partir do auxílio financeiro de bancos públicos.
A iniciativa pretende movimentar o mercado de energia a fim de reduzir os impactos das emissões de gases e impulsionar a geração de energia por meio da gestão de resíduos orgânicos.
“O Ministério do Meio Ambiente trabalha em parceria com o Ministério de Minas e Energia, pois uma das políticas do governo é reduzir as emissões através de uma matriz energética ainda mais limpa.”
Saneamento básico
Como forma de apresentar o setor urbano no Biogás, o Ministro também visitou o aterro sanitário de Cascavel, iniciativa que possui o apoio do CIBiogás e que demonstra na prática a relevância da região para o setor de energias renováveis. Sobre a situação sanitária do país, o Ministro reitera que a visita às unidades afirma o compromisso do Governo Federal sobre a melhora do cenário residual do país.
“Essa é uma prioridade do governo, o ministério criou um programa chamado Lixão Zero em 2019, que já fechou 20% dos lixões, o que corresponde a praticamente 700% lixões. Eu visitei Cascavel que é um belo modelo de gestão de resíduos, onde ali se trata os resíduos de uma forma correta gerando biogás e, consequentemente, energia. Nós temos soluções nesta direção, essa é uma agenda prioritária do governo que já está dando resultados.”
Em janeiro de 2022, o Governo Federal lançou o Marco Legal dos Resíduos Sólidos, ação que abriu espaço para a criação de iniciativas voltadas à redução de resíduos orgânicos e as emissões de metano. No ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica também anunciou o primeiro leilão de energia com foco em aterros sanitários. As iniciativas mostram o interesse do Governo nas oportunidades geradas a partir do manuseio correto de resíduos no Brasil, país com um dos maiores potenciais para gerar energia elétrica a partir de resíduos orgânicos.
Apontamentos sobre a COP-26
Sobre a última Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, o ministro Joaquim Leite, acredita que um dos principais agentes para contribuir nas metas da conferência relaciona-se com o biogás e as derivações da fonte, capaz de reduzir fortemente as emissões de carbono.
“É importantíssima para a conferência do clima agir para que uma nova economia neutra de emissões aconteça, e por isso que nós estamos fazendo o programa Metano Zero, na intenção de acelerar a produção agrícola ao mesmo tempo que é possível reduzir as emissões de metano.”
Segundo o Blog do Biogás, com a produção de biogás, o Brasil tem uma grande oportunidade de se tornar um dos grandes países para o controle do aquecimento global, pois gera ao todo 80 milhões de toneladas de lixo ao ano. Desse total, cerca de 50% de todo o resíduo sólido urbano gerado no país é matéria orgânica, fonte importantíssima para a produção de biogás.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 41% de todo o lixo gerado por ano no Brasil é descartado erroneamente. Dessa forma, quase 3 mil lixões e aterros inadequados existentes acabam gerando grandes riscos para o meio ambiente e para a saúde da população.
Impactos do hidrogênio
Visto como uma opção de combustível para o futuro, as movimentações com a pauta hidrogênio começaram a tomar maiores proporções em 2022. Com a Promoção da Inovação do Programa de Hidrogênio Verde e Power to X no Brasil, o CIBiogás e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) já irão utilizar das suas expertises em P&D para atuar no Consórcio promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio).
Sobre o uso do hidrogênio verde, o Ministro, Joaquim Leite, diz que o Brasil tem grande potencial para ser um player global focado na alternativa renovável juntamente com a energia eólica offshore, com o potencial de geração de energia de três a quatro vezes o total de energia produzida no Brasil atualmente, o que representa uma produção dezessete vezes maior que a demanda.
“Neste momento aparece a oportunidade de exportação de hidrogênio verde para países que precisam de segurança energética, de abastecimento confiável e de longo prazo, deste lugar surge a oportunidade para o Brasil nos próximos anos de ser o maior player global de hidrogênio verde, baseado em uma excelente matriz que ele tem hoje de 84% renováveis”.
Alternativa para combustível
No âmbito do gás natural e petróleo, com a escassez do combustível devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, alta no mercado, o Ministério revela que ainda desta maneira a democratização do biometano já está acontecendo, e que isso é observado nos pequenos e grandes produtores que consomem a energia proveniente de resíduos que os mesmos produziram e estão lucrando com a opção.
“O Brasil tem soluções climáticas para estes desafios ambientais, como por exemplo: Um pequeno produtor que pensa em tratar resíduos, reduzir um impacto ambiental e ganhando dinheiro. Acho que esse é o grande sucesso que eu vi no Oeste do Paraná, tecnologias democráticas, acessíveis a pequenos produtores e do outro lado tecnologias de grandes projetos como eu vi da Lar Cooperativa.”
O diretor do CIBiogás, Rafael González, comenta que a presença dos visitantes no Oeste do Paraná, é capaz de potencializar a importância do Estado e sua real responsabilidade com as iniciativas sustentáveis do agro, que devem ser transformadas cada vez mais e o biogás abre portas para isso em todo o país.
“A dedicação do Ministro do Governo Federal por fazer uma imersão no contexto do biogás é muito importante, pois alavanca a pauta e leva a nossa proposta cada vez mais longe. Nosso objetivo é desenvolver a cadeia produtiva de biogás e biometano no país, atingindo todo o potencial que cada região tem.”
Nesta segunda-feira (21/03), o Ministério de Minas e Energia juntamente com o Ministério de Meio Ambiente irão lançar algumas iniciativas voltadas justamente para o mercado de energias renováveis. O CIBiogás comemora o interesse do governo nestas pautas e deseja sempre assegurar o crescimento do mercado, a diversificação do biogás e também a defesa do nosso negócio dentro da cadeia de biogás e biometano.
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Fonte: Assessoria de Imprensa.
Publicado em: 21 de março de 2022.
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