Diaconia - Biodigestor Sertanejo - Entrevista com Ita Porto
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Conheça o trabalho inspirador de Ita Porto e da Diaconia no Sertão do Pajeú. Em entrevista exclusiva, ela compartilha detalhes do Biodigestor Sertanejo, tecnologia sustentável premiada internacionalmente.
Diaconia | Ita Porto
Descubra como uma tecnologia simples e acessível está impulsionando a geração de energia renovável, promovendo inclusão social e fortalecendo comunidades no Semiárido, em uma conversa inspiradora com Ita Porto.
por Heleno Quevedo,
Hoje, temos a satisfação de apresentar uma conversa inspiradora com Ita Porto, Coordenadora da Diaconia no Sertão do Pajeú, em Pernambuco. Em entrevista exclusiva para o Portal Energia e Biogás, Ita compartilhou detalhes sobre a Diaconia, uma organização social sem fins lucrativos de inspiração cristã que promove justiça e direitos humanos no Nordeste do Brasil, com forte atuação em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. Com a missão de transformar vidas e fortalecer comunidades, a Diaconia apoia populações de baixa renda, incentivando o protagonismo de mulheres, jovens e agricultores familiares.
Durante o bate-papo, Ita Porto destacou o trabalho da Diaconia com o Biodigestor Sertanejo, uma tecnologia social de baixo custo que converte esterco animal em biogás e vem se consolidando como uma ferramenta essencial de desenvolvimento sustentável no Semiárido. O projeto recebeu reconhecimento internacional ao vencer a categoria "Micro Iniciativas" no AD and Biogas Industry Awards 2024, promovido pela Associação Mundial de Biogás (WBA) e a Associação de Digestão Anaeróbica e Biorrecursos (ADBA).
Essa conquista reforça o impacto positivo do Biodigestor Sertanejo no saneamento rural, na geração de energia renovável e na redução do desmatamento. Em parceria com o Programa Nacional de Habitação Rural, o projeto também tem contribuído para a geração de renda e fortalecimento da autonomia das comunidades, capacitando famílias para construir e operar o biodigestor, beneficiando centenas de famílias agricultoras em várias regiões.
Acompanhe a entrevista completa com Ita Porto e conheça mais sobre esse projeto transformador e o trabalho da Diaconia no Sertão do Pajeú.
1. Para os nossos leitores que ainda não conhecem a Diaconia, poderia contar um pouco sobre a instituição, sua história, principais ações que desenvolvem e a sua missão?
Ita Porto: Diaconia foi fundada em 1967 por um conjunto de diferentes denominações de igrejas, de natureza cristã protestante com o propósito de desenvolver ações sociais. No dia 28 de julho de 2024 completamos 57 anos de existência. Somos uma instituição com um vasto currículo em desenvolvimento territorial e ajuda humanitária. Nos primeiros 10 anos, atuou em quase todos os estados brasileiros, onde mantinha escritórios e desenvolvia ações em diversas frentes, sempre com foco no desenvolvimento a partir da promoção e defesa de direitos humanos. Com o passar do tempo, a Diaconia decidiu concentrar suas atividades no Nordeste do Brasil, visando o fortalecimento das populações mais vulneráveis.
Na sua área prioritária de atuação, a Diaconia trabalha com famílias agricultoras de 120 municípios em 7 estados do Nordeste brasileiro. O Semiárido brasileiro, que abriga cerca de 28 milhões de habitantes (BRASIL-MIN; SUDENE, 2018), tem aproximadamente 10,6 milhões de pessoas vivendo em áreas rurais. Uma parcela significativa dessa população está em situação de extrema pobreza, representando 31% da população brasileira.
As ações da Diaconia para fortalecer a agricultura familiar com base agroecológica incluem processos formativos, assessoria técnica, implementação de tecnologias sociais, apoio à organização social de agricultores e agricultoras, pesquisas, experimentações, produção e disseminação de conteúdo, e incidência junto ao poder público. Estas ações visam especialmente a permanência e qualificação de políticas públicas de agroecologia e fomento à agricultura familiar. A abordagem sistêmica da Diaconia integra dimensões econômicas, sociais, políticas, ambientais, etárias, de gênero e geração.
Ao longo de sua trajetória, a Diaconia tem fortalecido a relação entre famílias agricultoras e suas práticas de produção, beneficiamento e comercialização, como parte de sua estratégia para promover a convivência com o Semiárido Nordestino e preservar o bioma Caatinga.
A missão institucional da Diaconia destaca-se por trabalhar para a efetivação de políticas públicas de promoção e defesa de direitos, priorizando populações de baixa renda e visando a transformação da sociedade.
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2. Poderia citar o exemplo de um dos projetos executados pela Diaconia?
Ita Porto: Um dos projetos que gostaria de destacar aqui é o Projeto de Fortalecimento da Política de Gestão de Recursos Hídricos de Pernambuco, a partir do estímulo da sociedade civil e usuários das águas na participação nos comitês de bacias hidrográficas e iniciativas de unidades demonstrativas para revitalização de bacias hidrográficas. Dessa forma, o projeto se propõe a realizar ações estruturantes ao longo da bacia do Rio Pajeú (PE), que é parte da bacia hidrográfica do Rio São Francisco, potencializando intervenções agroecológicas, que estimulam práticas de preservação do bioma Caatinga por meio do princípio de desenvolvimento denominado Nexus: Água – Alimento – Energia.
A proposta é demonstrar o aumento da resiliência das populações moradoras no circuito da bacia do rio com redução da vulnerabilidade às mudanças do clima, com práticas de combate à desertificação e cuidados com o solo, incluindo manejo adequado de animais e a produção consorciada de alimentos; a partir da gestão otimizada dos recursos hídricos, desde a captação, o armazenamento e a geração de água por meio das nascentes e cursos de riachos e do próprio rio, até práticas de saneamento rural com reuso e tratamento de efluentes; além da produção de energia por meio de biomassa e o preparo de alimentos sem destruição do Bioma da Caatinga. Esse projeto envolve 52 famílias agricultoras diretamente, incluindo 01 Terra Indígena Pankará, 01 Comunidade Quilombola e comunidades de agricultura familiar tradicional, em um total de 52 famílias ao longo da bacia hidrográfica do Rio Pajeú.
3. Entre tantos projetos da Diaconia, um em especial tem se destacado por possibilitar o aproveitamento energético dos resíduos orgânicos. Poderia nos contar um pouco o que é o Projeto Biodigestor Sertanejo?
Ita Porto: Esse é um projeto que temos muito orgulho em apresentar. O biodigestor sertanejo é uma tecnologia que transforma dejetos animais em biogás e biofertilizante por meio da digestão anaeróbia, onde micro-organismos decompõem a matéria orgânica sem oxigênio.
Baseado no modelo indiano de biodigestor, o modelo que utilizamos também possui uma cúpula móvel para armazenamento do biogás e é adaptado às necessidades do Nordeste brasileiro. O projeto é composto por três partes (caixa de carga, tanque de fermentação e caixa de descarga).
O biodigestor sertanejo utiliza dejetos de animais misturados com água para produzir biogás, que pode substituir lenha e gás liquefeito de petróleo (GLP) e biofertilizante rico em nutrientes para melhorar a fertilidade do solo. Além de reduzir custos e melhorar a qualidade de vida das famílias rurais, esta tecnologia promove a segurança alimentar e a conservação ambiental, podendo ser replicada em áreas rurais com apoio de políticas públicas e parcerias. Impacto social na vida das mulheres!
4. Como começou o interesse da Diaconia pelo tema do biogás? O que motivou a organização a explorar essa área?
Ita Porto: Começou com a busca por alternativas capazes de melhorar as condições de vida das famílias de pequenas propriedades rurais da região semiárida brasileira, aliada à necessidade de investir em pesquisa e no aprimoramento de tecnologias sociais, motivou diversas instituições, dentre elas a Diaconia, a desenvolver e experimentar tecnologias sociais, ou seja, com baixo custo e de fácil manejo para as famílias agricultoras.
Dentre essas tecnologias avaliadas surgiu a proposta do biodigestor sertanejo, que realiza a biodigestão anaeróbia de dejetos da produção de animais e tem como produtos o biogás, fonte de energia renovável e o biofertilizante.
5. Quantos projetos de biodigestores sertanejos já foram instalados??
Ita Porto: A Diaconia construiu cerca de 800 unidades de biodigestores sertanejos desde o início da implementação do modelo, com capacidade para gerar 3 mil metros cúbicos de biogás. No total, existem mais de mil unidades construídas no país, abrangendo diversas regiões, graças a outras organizações e iniciativas que também adotaram este modelo.
6. Quais são as fontes de financiamento para esses projetos?
Ita Porto: Os projetos de biodigestores sertanejos são financiados principalmente por agências de cooperação internacional, especialmente nos primeiros anos de implementação. Com o tempo, esses apoios diminuíram, pois o objetivo é que a tecnologia se torne uma política pública adotada por governos em todos os níveis e por organizações de fomento.
Um exemplo notável é o Projeto Paulo Freire no Ceará, que construiu mais de 800 unidades como parte de uma política pública estadual, financiada pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), adaptando o modelo para a produção de mil metros cúbicos de biogás. Para mais informações acesse: biodigestores se tornam alternativa sustentavel para agricultura nordeste
7. Como uma instituição pode contribuir com doações para esse projeto?
Ita Porto: Uma instituição pode contribuir com doações para esse projeto de duas maneiras: realizando repasses diretos para a conta de doações da Diaconia ou estabelecendo parcerias para o desenvolvimento de projetos em colaboração com a organização.
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8. Quais municípios já receberam biodigestores rurais e quantos foram instalados em cada um?
Ita Porto: A Diaconia e suas organizações parceiras instalaram biodigestores rurais em cerca de 70 municípios e 300 comunidades rurais, abrangendo aproximadamente 8 estados do Brasil, de Norte a Sul. Esse número aumenta consideravelmente quando incluímos as iniciativas de outras organizações que também adotaram o modelo, continuando a impactar seus territórios de intervenção.
9. A equipe da Diaconia já realizou uma análise dos impactos do projeto do Biodigestor Sertanejo no desenvolvimento social das famílias envolvidas?
Ita Porto: A equipe da Diaconia realizou uma análise dos impactos deste projeto no desenvolvimento social das famílias envolvidas em parceria com o Instituto 17. Foram realizadas análises socioeconômicas e ambientais, destacando-se os seguintes impactos relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):
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- ODS 1 - Erradicação da Pobreza: Aumento de renda através da comercialização de biofertilizantes e alimentos produzidos com o uso do biogás.
- ODS 2 - Fome Zero e Agricultura Sustentável: Integração entre água, energia e alimentos para garantir segurança hídrica, alimentar e energética, aumentando a soberania alimentar das famílias.
- ODS 3 - Saúde e Bem-Estar: Melhoria da saúde animal e redução de doenças transmitidas pela água e pelo ar devido à limpeza sistemática dos ambientes.
- ODS 5 - Igualdade de Gênero: Redução da carga de trabalho das mulheres e aumento da sua autonomia econômica.
- ODS 6 - Água Potável e Saneamento: Melhoria na qualidade da água e saneamento básico adequado através da gestão adequada de dejetos animais.
- ODS 7 - Energia Limpa e Acessível: Fornecimento de energia limpa para grupos vulneráveis e geração de independência energética.
- ODS 10 - Redução das Desigualdades: Promoção da inclusão social e econômica através do acesso a serviços e melhoria das condições de vida em pequenas propriedades no Semiárido brasileiro.
- ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis: Acesso a serviços básicos através do manejo de resíduos orgânicos e produção de biogás, promovendo o desenvolvimento sustentável local.
- ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis: Transição para práticas sustentáveis de manejo ambiental e formação comunitária.
- ODS 13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima: Combate ao desmatamento e redução das emissões de gases de efeito estufa ao substituir o uso de lenha.
- ODS 15 - Vida Terrestre: Contribuição para a conservação do ecossistema local e redução da perda de biodiversidade.
Esses impactos demonstram como o biodigestor sertanejo pode promover um desenvolvimento social sustentável e inclusivo nas comunidades atendidas.
10. Quantos metros cúbicos de efluentes foram tratados nos Biodigestores Sertanejos? Existe uma estimativa de quantos metros cúbicos de biogás já foram produzidos?
Ita Porto: Atualmente, estamos conduzindo uma parceria de pesquisa com a Universidade Federal de Pernambuco, através do Departamento de Energia. Essa colaboração visa analisar e calcular dados relacionados aos biodigestores construídos pela Diaconia no Sertão do Pajeú, em Pernambuco.
Estamos focando tanto na produção de biogás quanto no tratamento de efluentes em cerca de 160 unidades de biodigestores. Grosso modo, algumas famílias têm gerado entre 16 a 20 metros cúbicos de biogás por mês, combinando o uso de biogás, GLP e lenha. No entanto, a capacidade de geração de biogás pelo modelo é maior do que essas quantidades.
11. Quais foram os principais desafios enfrentados no início do projeto dos Biodigestores Sertanejos?
Ita Porto: Os principais desafios enfrentados no início do projeto dos biodigestores sertanejos foram principalmente a aceitação cultural das comunidades em relação à produção e uso do biogás para cocção de alimentos e geração de adubo.
Além disso, o manejo da tecnologia e a compreensão de seu funcionamento foram aspectos críticos que demandaram atenção, especialmente na seleção adequada das famílias beneficiárias.
12. Quais são os principais desafios atuais a serem superados para ampliar o projeto de Biodigestores Sertanejos?
Ita Porto: Os principais desafios atuais para ampliar o projeto de biodigestores sertanejos incluem:
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- a falta de informações amplas sobre o uso da tecnologia, apesar do crescente interesse em biogás e biometano;
- a necessidade de maior disseminação entre setores empresariais e governamentais;
- resistência cultural das famílias sertanejas ao manejo de dejetos;
- falta de capacitação e treinamento para construção e operação de biodigestores;
- ausência de políticas públicas específicas e incentivos financeiros adequados;
- falta de estudos direcionados e de sistemas que permitam a aplicação em diferentes escalas, desde pequenas propriedades até áreas urbanas;
- a necessidade de adaptação dos biodigestores para modularidade e escalabilidade.
13. Como a parceria com o Instituto 17 contribui para o Projeto dos Biodigestores Sertanejos?
Ita Porto: A parceria com o Instituto 17 foi muito importante e estratégica para dar luz/visibilidade às oportunidades que podem ser geradas a partir da ampliação da instalação de novos biodigestores.
Conseguimos realizar um mapeamento mínimo de existência de unidades de biodigestores no Brasil, em todas as regiões que tivemos acesso, para termos como ponto de partida e provocarmos investimentos privados e governamentais. O primeiro pontapé foi dado, é preciso aprofundar os dados e gerar modelos, inclusive, de hibridização da produção de energias renováveis que possam dar respostas às demandas energéticas das famílias nessa escala que estamos nos propondo e que tem uma participação importante na produção de alimentos no Brasil.
Acho que não pode parar por aqui a parceria e, inclusive deve ser ampliada para outras organizações e parceiros que se interessem no tema.
14. Qual é o futuro do Projeto dos Biodigestores Sertanejos?
Ita Porto: Sobre o futuro, a expansão do Projeto dos Biodigestores Sertanejos tem um grande potencial de impacto nas áreas rurais do Brasil. A promoção de programas de capacitação para as comunidades locais visando replicar a tecnologia pode estimular o desenvolvimento local, criar empregos indiretos e fomentar o micro empreendedorismo, especialmente na cocção e comercialização de produtos da agricultura familiar.
Com 77% dos estabelecimentos agropecuários no país sendo da agricultura familiar, há uma base significativa para implementar essas iniciativas. Adaptar o arranjo tecnológico às diferentes realidades locais pode gerar modelos de negócios mais rentáveis e sustentáveis.
15. Qual mensagem final você destacaria sobre a importância dos projetos de biogás em pequena escala para diferentes perfis de famílias no Brasil?
Ita Porto: Os últimos anos de busca por modelos de produção de biogás em escala de agricultura familiar, em todas as suas dimensões de tamanho, já demonstraram a viabilidade e os impactos da tecnologia na transição energética, além de apontarem caminhos para ampliar esses impactos.
É importante ressaltar que a perspectiva das energias renováveis precisa estar alinhada com a visão sistêmica do desenvolvimento rural sustentável, e acreditamos que os princípios da ciência da agroecologia são fundamentais para enfrentar esse desafio, promovendo uma visão integrada das ações e fortalecendo agroecossistemas mais resilientes em todos os aspectos.
Na transição energética, é crucial investir na complementaridade da produção de energia, considerando as diversas demandas energéticas de forma individualizada nos agroecossistemas produtivos e, especialmente, de maneira coletiva, impulsionando o desenvolvimento organizacional de comunidades e regiões. Isso se dá através de esforços para facilitar o acesso justo às energias renováveis em todas as suas dimensões inclusivas, promovendo justiça climática tanto no campo quanto nas cidades.
Para nossa abordagem na região semiárida do Brasil, a água, a energia e a produção de alimentos são os três pilares sobre os quais baseamos nossas ações no campo do desenvolvimento sustentável. O biodigestor sertanejo surge como uma ferramenta adicional para integrar esses elementos, representando um instrumento capaz de promover o uso racional dos recursos naturais através de um modelo circular de aproveitamento de resíduos e concepção de desenvolvimento.
AGRADECIMENTOS
O Portal Energia e Biogás agradece profundamente à equipe da Diaconia, especialmente a Ita Porto, pela conversa enriquecedora e pela generosidade em compartilhar conosco e com nossos leitores a história, os projetos e a visão inspiradora da organização. Nosso muito obrigado!
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